As Convenções Cartográficas
Como forma de comunicação gráfica que representa a realidade em um plano bidimensional, os mapas possuem uma linguagem visual própria - chamada linguagem cartográfica, que se distingue de outras formas de representação gráfica.
Essa linguagem, criada com o objetivo de facilitar a leitura e compreensão das informações dos mapas, abrange um variado sistema de signos (linhas, cores, símbolos, figuras geométricas, desenhos, texturas etc.). Esse sistema se expressa na forma de legenda - parte do mapa que contém o significado de toda a simbologia utilizada em sua representação.
É por meio dessa simbologia que conseguimos identificar, por exemplo, a localização de cidades, portos e aeroportos, o traçado de rodovias e ferrovias, o curso de rios, o tipo de clima ou vegetação de certa área, o tipo de lavoura cultivada em uma região, a movimentação dos fluxos migratórios em um território etc.
Embora não exista uma padronização obrigatória para cada informação representada em um mapa, existem várias convenções básicas que, de acordo com a simbologia utilizada, auxiliam o leitor a compreender imediatamente o fenômeno representado. Um exemplo clássico de convenção é o uso da cor azul para representar rios, lagos, mares e oceanos.
O quadro abaixo apresenta algumas das convenções cartográficas mais utilizadas nos mapas.
Representação do relevo
A Cartografia dispõe de algumas técnicas para representar as altitudes existentes no relevo. Uma delas é a elaboração de mapas e cartas topográficas traçadas com base nas curvas de nível.
As curvas de nível são linhas que unem os pontos do relevo de mesma altitude (figura A), tendo como referência o nível do mar (O metro de altitude). Observe a sequência de imagens ao lado, que mostra esse tipo de representação cartográfica. O traçado das curvas sobre o relevo representa a união dos pontos de mesma altitude, mantendo entre si sempre a mesma distância vertical (figura B). Os mapas hipsométricos (do grego húpsos, "altura, elevação"; e métron, "medida") representam as altitudes do relevo por meio de uma convenção de diferentes tonalidades de cores, previamente estabelecidas, para representar o relevo conforme as diferentes faixas de altitude. As tonalidades de cores frias (verde e amarelo. por exemplo) são utilizadas para representar as altitudes mais baixas; já as tonalidades de cores quentes (laranja, vermelho e marrom), para indicar as altitudes mais elevadas (figura C).
É pela maneira como as curvas de nível estão dispostas em um mapa que identificamos os pontos altos e baixos do terreno e podemos ler as variações altimétricas do relevo. Assim, se as curvas de nível estiverem mais próximas umas das outras, significa que a declividade do terreno é maior; portanto, mais íngreme é o relevo (próximo ao ponto B). Se as curvas de nível estiverem mais distantes umas das outras, a declividade do terreno é menor; portanto, mais plano e suave é o relevo (próximo ao ponto A).
Por meio das curvas de nível de uma representação cartográfica (mapa ou carta) é possível traçar um perfil topográfico (figura D) e com isso visualizar a forma do relevo de uma determinada área. O perfil topográfico mostrado ao lado foi elaborado com base no traçado da reta AB, indicada na figura C.
É pela maneira como as curvas de nível estão dispostas em um mapa que identificamos os pontos altos e baixos do terreno e podemos ler as variações altimétricas do relevo. Assim, se as curvas de nível estiverem mais próximas umas das outras, significa que a declividade do terreno é maior; portanto, mais íngreme é o relevo (próximo ao ponto B). Se as curvas de nível estiverem mais distantes umas das outras, a declividade do terreno é menor; portanto, mais plano e suave é o relevo (próximo ao ponto A).
Por meio das curvas de nível de uma representação cartográfica (mapa ou carta) é possível traçar um perfil topográfico (figura D) e com isso visualizar a forma do relevo de uma determinada área. O perfil topográfico mostrado ao lado foi elaborado com base no traçado da reta AB, indicada na figura C.
